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A perspectiva de o ex-técnico alvirrubro Alexandre Gallo comandar a Seleção nas Olimpíadas de 2016 remete à trajetória de Ivan Brondi nos gramados do Recife e do mundo. Pouca gente sabe, mas o ex-meia-campista, atleta que mais atuou na campanha do Hexacampeonato Pernambucano, vestiu a camisa do Brasil nos Jogos Olímpicos de 1960. E, por isso, é homenageado na série especial, produzida pelo departamento de comunicação do Timbu, sobre destaques do clube com passagens pela Canarinha.

Nascido em Santa Cruz do Rio Pardo, no interior de São Paulo, em 1941, Ivan Brondi começou a carreira no Palmeiras, em 1960. No mesmo ano, foi convocado para defender a Seleção, nas Olimpíadas de Roma. Lá, atuou em duas das três partidas da equipe, que acabou eliminada ainda na fase de grupos. Apenas a Itália, dona da casa, passou para as semifinais, sendo eliminada pela Iugoslávia, campeã do torneio.

Se a passagem pela Seleção não foi das melhores, o mesmo não se pode dizer da trajetória de Ivan Brondi no Timbu. Contratado por empréstimo, junto ao Palmeiras, em 1963, o ex-meia de estilo clássico e técnico acabou se tornando o atleta com mais partidas disputadas na campanha do hexa estadual, conquistado entre aquele ano e 1968. Em 128 jogos, 91% do total no período, Ivan marcou 26 gols, sagrando-se o terceiro maior artilheiro da série histórica, atrás apenas de Nino e Miruca.

Além do hexa pernambucano, Ivan Brondi ajudou a levar o Náutico ao segundo lugar da Taça Brasil de 1967 (Campeonato Brasileiro da época) e, consequentemente, à Libertadores de 1968. O Timbu tornou-se, assim, o primeiro clube de Pernambuco a disputar a competição continental, sendo eliminado precocemente, devido a uma incongruência entre a Conmebol e a Fifa, em relação ao número de substituições permitidas por jogo.

Hoje, aos 72 anos, Ivan Brondi trabalha como dentista, em um consultório no Centro do Recife. No local, há imagens e adereços do Náutico, clube do qual é sócio, conselheiro e diretor das categorias de base.