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Notícias

Jorge Mendonça: o homem que mandou Zico para o banco de reservas

Tiago Cisneiros - 12/06/2014 às 00:16

Oito gols em uma só partida, 24 em um único campeonato pernambucano e 411 na carreira. Exímio cobrador de faltas. Craque, a ponto de deixar Zico no banco de reservas. Não faltam cartões de visita a Jorge Mendonça, ex-meia-atacante que teria completado 60 anos no último dia 6 de junho. Por tudo isso, é com ele que abrimos a série de reportagens sobre destaques do Náutico que passaram, também, pela Seleção Brasileira. A cada dia de jogo da Canarinha na Copa do Mundo, a história de um desses ex-atletas do Timbu será revisitada no site oficial do clube (www.nautico-pe.com.br).

Nascido em Silva Jardim, no Rio de Janeiro, em 1954, Jorge Mendonça profissionalizou-se no Bangu, em 1972. Já no ano seguinte, veio para os Aflitos, onde fez história ao lado de Neneca, Beliato, Sidcley, Juca Show, Vasconcelos, Paraguaio, Lima, entre outros. Com a camisa 8 alvirrubra e o cabelo no melhor estilo “black power”, ele chamou a atenção pela habilidade com a bola nos pés e pela maestria nas cobranças de falta. Chegou a marcar todos os gols da vitória por 8 a 0 sobre o Santo Amaro e participou da final do Pernambucano de 1974, quando o Timbu derrotou o Santa Cruz, por 1 a 0, e garantiu, pela primeira vez, a exclusividade do Hexa. Naquele ano, aliás, Jorge Mendonça sagrou-se também artilheiro estadual, com 24 gols.

O brilho nos gramados pernambucanos atraiu os olhares dos dirigentes do Palmeiras, que contrataram Jorge Mendonça em 1976. Novamente, o ex-meia-atacante foi destaque, marcando 102 gols em 217 partidas. Entre eles, o que rendeu ao time alviverde o título paulista daquele ano.

Em 1978, Jorge Mendonça chegou à Seleção. Depois de participar de alguns amistosos, foi convocado para a Copa do Mundo, que viria a ser realizada na Argentina. A fase do ex-jogador era tão boa que, durante a competição, ele ganhou a vaga de titular, deixando Zico no banco de reservas. Nas suas 11 apresentações com a camisa amarela, o ex-alvirrubro não sentiu o sabor da derrota: foram sete vitórias e quatro empates, além de dois gols marcados.

Apesar da invencibilidade no Mundial, o Brasil ficou com o bronze e a Argentina levantou a taça, em grande parte graças à polêmica vitória por 6 a 0 diante do Peru. Após a competição, Jorge Mendonça voltou ao Palmeiras para terminar o ano com o vice-campeonato nacional. Em 1980, transferiu-se para o Guarani, onde se tornou o segundo maior artilheiro em uma edição do Campeonato Paulista, com 38 gols, em 1981 (o primeiro lugar é de Pelé, com 58 tentos, em 1958). De 1983 a 1985, defendeu o rival campinense, a Ponte Preta, onde também se tornou ídolo. A aposentadoria veio em 1990, com a camisa do Paulista de Jundiaí. Em fevereiro de 2006, o ex-craque faleceu, vítima de problemas cardíacos.

EU VI...

Confira a seguir os depoimentos de três torcedores alvirrubros que viram e vibraram com as apresentações de Jorge Mendonça pelo Timbu:

“Ele era o melhor daquele time, no sentido de mais técnico e habilidoso. Segundo lembro, fazia uma grande dupla com Vasconcelos, que era mais veloz e tinha mais raça. Acho que, mesmo assim, havia uma certa rivalidade. A torcida era dividida, em relação a qual era melhor” – Ivan Barbosa, 48 anos, advogado

“Apesar de muito novo na época, eu só queria usar a 8. A gente tinha uma certeza: falta perto da área era gol certo com Jorge Mendonça. Foi meu primeiro ídolo com a camisa do Náutico. Lembro-me como se fosse hoje que meu saudoso pai tinha duas cadeiras cativas nos Aflitos e duas no Arruda. Ele fazia sorteio para ver qual dos quatro filhos ia com ele para os jogos” – João Maciel, 47 anos, comerciante

“Gostava muito dele. Era muito clássico e se entregava ao clube. Para mim, foi um dos melhores jogadores que vi atuar pelo Náutico, um craque de bola” – Ricardo Andrade Lima, 55 anos, aposentado

"Vi esse time em campo em 1974. Foi a primeira e única vez que vi o Náutico ganhar um título dentro dos Aflitos.
Inclusive, sou alvirrubro por causa de Jorge Mendonça. Lembro que fui para aquela final contra o Santa Cruz, levado pelos meus tios. Detalhe: todos eles eram tricolores e esperavam que o Santa Cruz fosse Hexa e que eu passasse a torcer pelo Santa Cruz. Mas Jorge Mendonça "disse": "Não! Você tem que torcer para o Náutico!" - Clodomiro Santana Filho, 47 anos, servidor público

Para quem quiser ver um pouco do que o ex-meia-atacante sabia fazer com a bola, sugerimos os primeiros 50 segundos do vídeo a seguir, que mostram dois gols de Jorge Mendonça com a camisa alvirrubra.

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