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Os atletas do Náutico já estão na segunda semana de pré-temporada. Até agora já foram realizados exames médicos, trabalhos no campo, na academia e na praia. Uma diversidade necessária para condicionar todos a aguentar a carga de jogos que terão pela frente em 2020. Tudo isso feito sob o sol forte do Recife, que exige uma atenção especial da comissão técnica.

"Nós não temos como burlar o calor, então como podemos fazer para trazer ele para o nosso lado? Fazendo uma hidratação perfeita, uma suplementação muito individualizada e utilizando de outros recursos. Toda a alimentação e o descanso deles importa", afirmou o preparador físico Walter Grassman. Além dele, o departamento ainda conta com Aaron Bac e Cristiano Amorim.

A carga de treinos é uma das preocupações da preparação física. Existe o cuidado para não forçar demais o atleta. Por isso, quando a temperatura é alta, o trabalho precisa ser alterado.

"Existe um desgaste muito grande quando o trabalho é feito acima de 32 graus. Estamos controlando bem as nossas cargas nos treinamentos. Temos um volume traçado via GPS e fisiologia. Quando esse número é muito alto e está acima de 35 graus, damos uma segurada no treinamento", completou.

A fisiologia vem sendo uma aliada importante neste trabalho de preparação. O principal desafio do fisiologista Bruno Simões é dar suporte ao treinador Gilmar Dal Pozzo e a todo o departamento médico, traçando números e detalhando a condição física de cada atleta.

"O departamento de fisiologia tem muito a acrescentar no que diz respeito a capacidade de otimização dos jogadores e de prevenção. É um desafio. Estamos nos equipando, temos uma estrutura interessante. Nosso projeto não é só para o profissional, mas para a base também", explicou o profissional.

Mesmo se tratando de um esporte coletivo, o trabalho feito no CT Wilson Campos é de maneira individual. Cada atleta tem o seu perfil e suas características traçadas pelo departamento de fisiologia. A partir daí, é feita a dosagem certa de treinamentos e suplementos.

"O mais interessante é que a gente consegue ponderar jogador por jogador para conseguir dar a dosagem ideal em cima de cada semana. Quando a pré-temporada é curta, os atletas chegam de forma heterogênea, e aí tentamos capacitar todos ao mesmo tempo. Alguns desenvolvem mais e outros ficam para trás. Em 50 dias a gente consegue fazer uma avaliação prognóstica, ver o treino, reavaliá-los e fazer uma mudança na prescrição do trabalho", finalizou.